Vida Real

Sonho de ser Mãe

Malena-a-caminho-08872

Celyane Monteiro, 30 anos, correu risco de perder a vida por 3 vezes por querer ter um filho. Ainda assim nunca desistiu desse sonho!

“Sempre quis ter um filho, porém quando morava na Bahia, meu ginecologista diagnosticou que seria difícil engravidar, por conta de um cisto no ovário. Mesmo assim nunca desisti. Aos 23 anos, mudei para São Paulo e conheci meu marido. Depois de 2 anos de casados, apesar de não ter planejado, engravidei. Fiquei muito feliz!
A gravidez era muito tranquila, porém, no sexto mês de gestação, já com o quarto do Henrique pronto, comecei a vomitar e fiquei com a visão turva. Corri para o hospital e perdi a consciência.
No pronto socorro, eles me amarraram, pois eu estava muito agressiva. A médica avisou meu marido que havia tido eclâmpsia (pressão alta) e que teria que fazer cesárea. Fiquei toda roxa porque me debatia muito e não conseguia entender o que acontecia. Meu filho nasceu e foi para UTI, onde ficou por 49 dias.
Nesse tempo, eu passava o dia todo no hospital. Um certo dia fui visitá-lo e vi que ele estava muito ruim. Na manhã seguinte, eu não o vi mais na incubadora. O Henrique tinha morrido. Ele teve três parada cardíacas e uma infecção generalizada na Madrugada.

Mais sofrimento!
Foi muito difícil retomar a vida depois da morte do meu bebê.
Mas, cinco meses depois, engravidei de novo. Tudo estava bem até chegar o sétimo mês de gestação.
Comecei ter sangramento e corri para o hospital. O médico não ouviu os batimentos cardíacos do meu filho. Ele havia morrido. Não acreditava que aquilo estava acontecendo novamente.

Enfim, mãe!
Consegui renascer das cinzas para ir em busca do meu maior sonho. Três anos depois, eu estava mais uma vez grávida.
Desda vez, resolvi me afastar do trabalho logo no início da gestação porque minha gravidez já era considerada de risco. Novamente no sétimo mês minha barriga começou a endurecer e fui direto para o centro cirúrgico, pois minha pressão estava alta. A Eduarda nasceu rápido e também foi para UTI. Na hora lembrei do Henrique, mas quatro dias depois, ela já não precisava respirar com a ajuda dos aparelhos. Depois de 22 dias fomos para casa. Sair do hospital com ela no colo foi uma felicidade indescritível. Hoje, a Eduarda esta com 1 ano e 6 meses. Apesar de ela ter um atraso no desenvolvimento, por ter nascido tão pequenina, posso afirmar que passaria por tudo de novo pela minha filha. Ela é o meu maior presente. Sou a mulher mais realizada do mundo”.

Shape Outubro 2014